Capitulo 02 - Renda Fixa | Série: Montando sua Carteira de Investimentos

Sejam novamente bem-vindos ao segundo capítulo da nossa jornada rumo à construção da nossa carteira de investimentos! No capítulo anterior, exploramos os conceitos básicos que serão fundamentais para aproveitar ao máximo esta série e construir uma carteira sólida e eficaz.

Assim como em uma receita de bolo, entendemos que cada classe de ativo desempenha um papel crucial, desde a estabilidade proporcionada pela renda fixa até a oportunidade de crescimento e diversificação oferecida pela renda variável e pelos investimentos offshore (internacionais).

Descomplicando a Renda Fixa

Agora, é hora de aprofundarmos ainda mais nossos conhecimentos no mundo dos investimentos. Neste capítulo, mergulharemos de cabeça na Renda Fixa, explorando suas diversas subclasses, benchmarks e principais produtos disponíveis no mercado. Entender a Renda Fixa é como compreender a base sólida de uma receita, essencial para garantir estabilidade e segurança em nossa carteira.

Mas e o que é Renda Fixa?

Renda Fixa é uma das classes de ativo (categoria de investimento) que compõe sua carteira de investimentos. É a maior classe de ativos, já que existem diversas subclasses (subcategorias) que também podem ser consideradas Renda Fixa. Assim, temos diversas subclasses que oferecem diferentes formas de remuneração e níveis de risco. Por isso, não se engane com a explicação genérica que ouvimos que “Renda Fixa é onde o retorno é previsível no momento da aplicação, ou seja, você sabe quanto vai ganhar ao final do período de investimento.”

Subclasses da Renda Fixa:

Existem várias formas de investir em renda fixa, e é importante conhecê-las para diversificar sua carteira:

1. Pós fixada: Nessa modalidade, os rendimentos estão atrelados a um indicador financeiro, como a taxa Selic ou o CDI. A remuneração pós-fixada acompanha de perto as variações da taxa de juros do mercado, garantindo uma   rentabilidade próxima à taxa básica de juros da economia e, até por isso, é o produto de menor risco da sua carteira. É nessa subclasse que nós equilibramos o risco da carteira e vamos ter alocado uma boa porção do dinheiro.

Principais Produtos: Tesouro Selic, CDB (o tipo mais comum oferecido), Fundos DI, LCI, LCA.

1. Prefixada: Na Renda Fixa Prefixada, a taxa de retorno é definida no momento da aplicação e permanece inalterada durante todo o período do investimento,      independentemente das oscilações do mercado. Por exemplo, você investiu R$ 1.000,00 numa LCA com vencimento de 1 ano a uma taxa de 10% a.a., isso      quer dizer que depois de um ano você terá R$ 1.130,00 independente do que aconteça com o mercado. Isso proporciona ao investidor maior previsibilidade em relação aos seus ganhos futuros.
2. Inflação: Investimentos indexados à inflação são aqueles em que os rendimentos são corrigidos de acordo com a variação de um índice de preços, geralmente o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Essa subclasse é essencial para sua carteira, já que protege seu poder de compra ao longo do tempo.

Principais Produtos: Tesouro IPCA, Crédito Privado (CRI, CRA, Debêntures), LIG, Fundos de Inflação

1. Híbrida: Algumas modalidades de renda fixa combinam características dessas subclasses descritas acima, podendo ter uma parte prefixada e uma parte de      inflação ou pós fixada. Por exemplo, um Tesouro IPCA pode oferecer uma parte do rendimento prefixado e outra parte atrelada ao IPCA.

É importante entender que cada uma dessas subclasses possui suas próprias características e adequações para diferentes perfis de investidores e cenários econômicos.

Investir em renda fixa pode ser uma ótima forma de proteger uma parte da sua carteira com segurança do poder de compra e previsibilidade de retorno. Mas lembre-se sempre de analisar seus objetivos, prazos e tolerância ao risco antes de investir. Afinal, conhecimento é a chave para tomar as melhores decisões financeiras, assim você poderá tomar decisões mais informadas e alinhadas aos seus objetivos financeiros.

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